Júnior Barbosa 17/12/2019 04:42
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Uma volta marcada por muito planejamento e dedicação. Quando a temporada 2018/2019 chegou ao fim, Adenízia passou por uma artroscopia no ombro e acompanhou de longe a seleção feminina disputar torneios. De maio para cá, foram muitos meses de fisioterapia e treinos gradativos. Agora, a central está prestes a reestrear no Savino Del Bene Scandicci.
Há um mês, Adê treina ataques e sabe que vai enfrentar uma saudável concorrência no clube italiano que defende desde que deixou o time de Osasco. Em entrevista ao Melhor do Vôlei, ela fala sobre as expectativas da volta e o sonho ser uma das 12 escolhidas de José Roberto Guimarães para a disputa olímpica em Tóquio, no ano que vem.
Como está o estágio da recuperação? Qual a previsão de retorno?
Estou na parte final, ganhando força e aceleração de braço. Todas as fases anteriores já foram superadas. Ainda não tenho uma previsão para retorno, mas acredito que seja o mais rápido possível. Desde novembro estou atacando e agora é só aguardar a convocação do técnico.
Como tem sido o apoio do Scandicci nesta etapa?
A minha equipe está me ajudando bastante, principalmente o treinador (Marco Mencarelli). Ele está tranquilo porque sabe que conta com centrais (Agnieszka Kakolewska e Jovana Stevanovic) que estão dando conta do recado.
Quando estiver liberada, a disputa pela titularidade no meio de rede será grande...
Realmente. Além da Kakolewska e da Stevanovic, o Scandicci conta com dois jovens talentos na posição. Vai ser um dia após o outro, mas já vivi este tipo de disputa em clube e na seleção. Para mim, não tem nada de novo e sei que, quando puder dar o meu melhor, ajudarei o clube.
O Scandicci está bem na Champions League, mas irregular no Italiano. Quais são as expectativas?
Ganhamos os dois jogos no Europeu, mas na liga ainda não mostramos tudo o que podemos dar. Vários problemas de saúde e e de lesão comprometeram os treinamentos e as preparações. Também perdemos a nossa capitã Lucia Bosetti, uma grande atleta que comandava o fundo de quadra e que deixou um buraco na equipe. A diretoria está em busca de uma nova jogadora italiana para dividir a responsabilidade na função, especialmente com a Elena Pietrini, que é muito nova. Ainda estamos nos encontrando no campeonato, mas acredito que o segundo turno será uma outra história.
O Conegliano está um patamar acima das demais equipes da atualidade?
Eles formam não somente a equipe mais forte da Europa, mas do Mundo. O título na China provou isso. Com certeza, eles são o time a ser batido e é preciso estar 200% se quisermos ganhar delas. Claro que não é impossível, mas eles estão um nível acima dos demais.
Você considera que Paola Egonu é uma das melhores atletas da atualidade?
Egonu é uma das melhores jogadoras da atualidade. Ela tem crescido muito, principalmente na maturidade. Agora, é só saber administrar. Estamos em um esporte coletivo, mas a gente sempre brinca que tem muitos jogos e títulos que ela literalmente ganha sozinha. Sorte do Conegliano que passou a contar com uma jogadora que tem sido perfeita.
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