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Seleção

Autor Júnior Barbosa Data 18/06/2023 17:57

Brasil evolui, mas ainda precisa crescer para afastar o fantasma EUA

Capa da notícia - Brasil evolui, mas ainda precisa crescer para afastar o fantasma EUA
Foto: FIVB

Por Daniel Rodrigues (@Drnovolei)

A Seleção Feminina encerrou a segunda fase da Liga das Nações com três triunfos e uma derrota. Apesar da lamentável contusão de Ana Cristina, a semana foi positiva e marcada, especialmente, pela vitória emocionante contra a Sérvia. Além desse ponto alto, muito celebrado pela torcida brasiliense, foi extremamente importante o crescimento do grupo, efetivando novas peças e ganhando cada vez mais entrosamento. 

Porém, o revés por 3 sets a 0, diante das atuais campeãs olímpicas, precisa ser analisado. Voltando um pouco no tempo, me vem a memória a final olímpica de 2012, em Londres, onde as comandadas de José Roberto derrubaram as favoritas norte-americanas com um volume de jogo incrível e defesas brilhantes de Jaque e Fabizinha, anulando a oposta Hooker, principal atacante da época. Após a conquista desse ouro, as brasileiras só conseguiram vencer os EUA novamente na Liga das Nações de 2019.

Jamais podemos deixar de enaltecer os méritos da seleção comandada por Karch Kiraly e é inegável a qualidade do material humano do grupo, no entanto o Brasil necessita tentar buscar um caminho para quebrar esse estigma. Além da falta de consciência em alguns pontos cruciais, creio que nossa seleção precisa se aprofundar nos estudos para minar as armas do adversário através da parte defensiva. Acho que as brasileiras conseguirão fazer jogos mais duros contra as norte-americanas, evoluindo no posicionamento da defesa e no amortecimento dos ataques do rival, mais até que através de pontos efetivos de bloqueio (como ocorreu em Londres/2012).

Especificamente no duelo de hoje, senti falta de Pri Daroit (talvez poupada por alguma lesão), que poderia contribuir nesse maior volume no fundo de quadra. A líbero Natinha também poderia ter sido testada no lugar de Nyeme, que não conseguiu repetir os excelentes desempenhos na defesa, como nas partidas anteriores. 

A derrota desta manhã foi amarga, mas "provoca" o grupo brasileiro a buscar ainda mais evolução, para, assim, conseguirmos espantar de vez esse fantasma chamado Estados Unidos, que tanto vem incomodando nossa seleção nos últimos 11 anos.

 

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