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Nacional

Autor Júnior Barbosa Data 07/03/2024 08:07

Cledenílson, melhor bloqueio do Sada Cruzeiro, quase abandonou o vôlei aos 18 anos

Capa da notícia - Cledenílson, melhor bloqueio do Sada Cruzeiro,  quase abandonou o vôlei aos 18 anos
Foto: Agência i7
Quem vê Cledenílson defendendo o Sada Cruzeiro (MG), líder da Superliga masculina de vôlei 23/24, e sendo o principal bloqueador da equipe na competição, não imagina que, aos 18 anos, ele quase abandonou o esporte. Por muito pouco, o central de 2,10m não decidiu arranjar um trabalho para ajudar nas despesas de casa.
 
Aos 25 anos, Cledenílson relembra a importância dos três projetos que participou – dois em sua cidade natal, Santo Antônio de Jesus (BA), e um em Salvador, capital baiana.
 
“Sem eles, não estaria aqui. O último, o Escola Parque, do professor Márcio Sacramento, em Salvador, foi fundamental para mim. Eu já havia desistido de tudo porque o projeto na minha cidade havia terminado. Depois comecei a treinar no Vitória. Faltava um mês para eu completar 19 anos e ia parar de vez. Eu tinha de trabalhar para ajudar minha mãe. Apostei todas as fichas naquele último mês. Quando estava quase completando 19 anos, me vi com a passagem nas mãos para o Minas, onde fiz a minha base no vôlei”, ressaltou Cledenílson.
 
“O professor Márcio não tinha ajuda de nada, ele era quem procurava patrocínio, fazia rifa, vaquinha para me ajudar com os custos da passagem porque eu não tinha condições de estar indo para Salvador disputar campeonatos. Isso me ajudou bastante e agradeço muito”, completou Cledenílson.
 
Mas tudo começou com o futebol e com o professor Jorginho, que bancava um espaço no 14º Batalhão da Polícia Militar.  Eu era uma criança sonhadora. Gostava bastante do futebol e o tempo que eu tinha, depois das aulas, eu ia lá. Para frequentar a escolinha tinha de estudar. Ele me ajudou bastante em ter comprometimento e competitividade. Sempre gostei de praticar esportes, nunca tinha tido incentivo e ele foi um dos primeiros. Eu não tinha condições de pagar escolinha particular e ele disponibilizava de graça aos meninos da periferia”.
 
O segundo projeto foi a escolinha “Vôlei Para Vencer”, do professor Ronaldo. “Ele foi na minha escola me convidar para fazer um teste. No início eu não queria, mas minha mãe insistiu, e fui. E ele também não tinha ajuda, ele mesmo arcava tudo no Clube dos 100: buscava patrocínio para arrumar uniformes, redes, bolas e até mesmo o espaço. Sou muito agradecido a ele porque se não fosse a insistência dele não estaria aqui. Ele acreditou que eu tinha potencial”.
 
Passados sete anos, Cledenílson se prepara, junto com os companheiros, para assegurar mais um título para o Sada Cruzeiro: o oitavo da Copa Brasil, e o seu quarto no clube. O central já renovou seu contrato por mais duas temporadas, mas revela que foi sondado por outras equipes.
 
‘Estou feliz aqui, me sinto acolhido. Tive propostas de outros clubes, mas eu tenho uma paixão grande pelo Sada Cruzeiro.  É um dos maiores clubes do mundo e sempre tive o sonho de jogar aqui. Fico feliz em passar confiança e saber que eles também estão felizes com o meu trabalho. Nessas cinco temporadas evoluí bastante. A comissão técnica e a equipe médica me ajudam muito para estar na minha melhor forma. Essa temporada está sendo uma das melhores da minha vida”, concluiu o jogador.
 
O adversário do Sada Cruzeiro nas semifinais da Copa Brasil será o Sesi Bauru (SP), no próximo sábado, dia 9. Quem vencer, garantirá vaga na decisão do título, no domingo, dia 10.
 
 

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