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Autor Redação Data 10/10/2013 14:08

Líderes do ranking, Talita e Taiana já estão nas oitavas em São Paulo

Foto: FIVB

A liderança do ranking foi novamente colocada à prova e, mais uma vez, elas confirmaram a grande fase que atravessam. Nesta quinta-feira (10/10), Talita e Taiana fecharam a primeira fase do Grand Slam de São Paulo do Circuito Mundial em primeiro lugar de seu grupo, garantindo a vaga direta para as oitavas de final. Já Maria Clara/Carol, Ágatha/Maria Elisa e Lili/Bárbara Seixas continuam vivas na competição, mas ainda terão que encarar uma repescagem para avançar.

Cabeças de chave do Grupo A, a sul-matogrossense Talita e a cearense Taiana confirmaram os 100% de aproveitamento com uma vitória sobre as eslovacas Dubovcova e Nestarcova por 2 a 0, parciais de 21-15 e 21-16. A parceria, com 10 meses de vida e seis títulos, sendo cinco etapas Grand Slam e uma do Circuito Banco do Brasil 2013/2014, completou 75 vitórias em 91 partidas. E conseguir manter essa boa fase dentro de casa é um combustível extra.

“É sempre muito bom vencer, ainda mais no nosso país. Uma pena os outros times brasileiros não terem avançado de forma direta, mas perderam quando podiam. Vamos ficar na torcida para que se classifiquem. Quanto a nós, continuamos focadas, pensando jogo a jogo, como se cada um deles fosse uma final. Se na teoria somos apontadas como as melhores por sermos primeiras do ranking, temos que mostrar isso na prática. E é tudo fruto de um conjunto que envolve parte técnica, física e psicológica”, disse Talita.

E essa questão de "time a ser batido" não chega a incomodar a dupla. Segundo Taiana, isso não tem qualquer influência sobre elas, até porque procuram não se ligar nisso. Está aí mais um motivo para o sucesso da parceria, que aguarda a vencedora do confronto entre Forrer/Vergé-Depré (SUI) e Ana Gallay/Georgina Klug (ARG).

“Entramos numa bolha para não pensar nisso. A gente deixa essa expectativa para as pessoas do lado de fora. O que procuramos fazer é pensar jogo a jogo, estudando muito cada adversário, para tentar tornar a partida um pouco mais tranquila”, afirmou Taiana, que fez uma rápida análise sobre a vitória em cima da dupla da Eslováquia. “Apesar do índice dos nossos saques não ter sido bom, nós nos portamos muito bem no ataque e soubemos controlar o jogo do início ao fim”.

Ágatha e Maria Elisa travaram belo duelo contra Walsh e Ross

Já em um dos duelos mais aguardados do dia e da fase de grupos, Ágatha e Maria Elisa acabaram superadas pela tricampeã olímpica Kerri Walsh e sua parceira April Ross. Com o resultado, as americanas garantiram o primeiro lugar do Grupo G, forçando as brasileiras a encarar a segunda fase eliminatória na busca por uma vaga nas oitavas. E era um jogo encarado como uma revanche.

No Grand Slam de Gstaad (SUI), torneio que marcou a estreia da dupla Walsh/Ross, a vitória foi de Ágatha e Maria Elisa, que eliminaram as rivais nas oitavas. Nesta quinta, apesar do equilíbrio, a história foi contada de outra forma. Depois de perderem o primeiro set por 21-16, as brasileiras venceram o segundo por 22-20 e levaram o jogo para o tie break. Chegaram a abrir 5-1 e ficaram à frente do placar até o fim, quando as americanas viraram em 13-12 e, num ataque de Walsh, fecharam em 15-13.

“Os dois times entraram sabendo que seria um jogo bem difícil. Todas jogaram muito concentradas. Mas a Walsh levou vantagem na altura que pegou na bola, fugindo do nosso bloqueio, facilitando a virada de bola delas”, disse Maria Elisa, que falou também sobre a acirrada disputa entre elas dentro de quadra. “Num jogo desse, quem não sente tensão não está a fim. É o famoso ‘querer vencer’, que é um ponto positivo. Perdemos desta vez, mas faz parte. Ainda não acabou”, emendou.

Na manhã desta sexta, Ágatha e Maria Elisa lutarão pela vaga nas oitavas contra mais uma dupla americana: Emily Day e Summer Ross.

Brasil em segundo, terceiro e quarto nos outros grupos


Já as irmãs Maria Clara e Carol, que venceram seus dois jogos na véspera e lutavam pela classificação direta às oitavas nesta quinta, acabaram derrotas pelas americanas Fendrick e Hochevar, ficando com o segundo lugar do Grupo B. Foi uma derrota de virada, já que venceram o primeiro set por 21-16. Perderam os outros por 21-18 e 15-12, o que as obriga a vencer as alemãs Bieneck e Großner na repescagem.

“Não conseguimos colocar a nossa energia em quadra nos momentos em que precisávamos. E elas souberam mudar o jogo, sabendo exatamente quando forçar em mim ou na Carol. Vencemos bem o primeiro set, mas a Fendrick entrou na partida no segundo e ficou tudo muito equilibrado. Mas ainda estamos vivas no torneio. Vamos descansar e nos recuperar para esse jogo decisivo”, comentou Maria Clara.

Pelo Grupo C, Lili e Bárbara Seixas, que tinham vencido uma e perdido outra na abertura da fase de grupos, precisavam vencer as tchecas Kolocova e Slukova para ainda sonharem com a liderança da chave e a vaga direta nas oitavas. Mas, depois de um jogo duro, debaixo de sol forte, não conseguiram atingir a meta. Com a derrota de 2 a 1, parcias de 21-13, 19-21 e 15-13, terminaram em terceiro lugar na chave e também buscarão a classificação para as oitavas na manhã desta sexta-feira, contra Liliana/Baquerizo (ESP).

“Elas venceram porque foram melhores do que nós. Ponto. Jogamos mal no primeiro set, entramos no jogo no segundo e corremos atrás do placar no tie break. Reagimos, mas não conseguimos. Agora é buscar jogar melhor na sexta e tentar crescer na competição. Temos que jogar com o coração, pensando sempre em conseguir mais um ponto, mais um set, mais um jogo e mais uma fase”, declarou Lili.

Por fim, a eliminação de Elize Maia e Fernanda Berti, que vieram do qualifying para disputar o torneio principal do primeiro Grand Slam de suas carreiras. Em três jogos pelo Grupo H, três derrotas. A desta quinta-feira foi para um dupla que elas conhecem bem do Circuito Sul-Americano. Desta vez, melhor para as argentinas Ana Gallay e Georgina Klug, que venceram por 2 a 0, parciais de 23-21 e 21-19.

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