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Nacional

Autor Júnior Barbosa Data 24/01/2023 09:11

Pietra: de quase modelo e universitária para coringa no Fluminense

Capa da notícia - Pietra: de quase modelo e universitária para coringa no Fluminense
Foto: Marina Gargia
Pietra teve participações importantes nos últimos jogos do Fluminense na Superliga feminina de vôlei 22/23. Seja no saque, dificultando a recepção adversária, ou no ataque - inclusive foi a maior pontuadora do time na partida contra o Abel Moda (SC), com 10 pontos (cinco de ataque, três de bloqueio e dois aces), ao lado das companheiras Lara e Gabi Cândido. O que poucos sabem, é que a ponteira do tricolor carioca, 24 anos, filha do campeão olímpico Paulão, já esteve bem perto da carreira de modelo e de cursar faculdade de business na América do Norte.
 
“Cheguei a fazer fotos para algumas agências. Quando era bem mais nova desfilei para uma marca de roupas de criança em um shopping. Lembro direitinho. Tive alguns contatos com esse mundo, mas até hoje não tive nada muito concreto. Quem sabe um dia?”, disse Pietra.
 
O vôlei faria parte da quase ida de Pietra para estudar na América do Norte. “Eu continuaria jogando, e pelo voleibol conseguiria uma bolsa de estudos nos Estados Unidos (Georgia Tech, em Atlanta). Na época, foi uma escolha minha ficar no Brasil e seguir treinando aqui nas categorias de base. Isso foi em 2016. Em 2020, estava praticamente com planos certos de ir para o Canadá (Vancouver Island University, em Nanaimo) e seguir o mesmo rumo: jogar vôlei e ganhar bolsa. Mas chegou a pandemia e tudo mudou. Acabei indo para Curitiba nesse ano”.
 
Mesmo com todos os planos adiados, Pietra acredita que fez as escolhas corretas. “Acredito que teria sido incrível. Principalmente pelo sistema exemplar que os Estados Unidos têm nas faculdades, como estrutura, nível da liga da NCAA e tudo o que envolve. Mas meu caminho foi outro. Tudo o que eu vivi desde que tomei a decisão de não ir me fez ser quem eu sou hoje, e me sinto grata pelo jeitinho que foi, pelas pessoas e lugares que conheci. Acredito que tudo tem um porque”, afirmou a ponteira.
 
“A vida foi acontecendo. Minhas decisões se deram por tudo o que acontecia na minha vida na época. Sempre acreditei muito que tudo acontece no momento certo, na hora certa e no lugar certo. Sempre segui meu coração e sempre procurei fazer a escolha seguindo meu sentimento”, completou Pietra.
 
A jogadora relembra um momento difícil que viveu no início da carreira, aos 16 anos. “Tive uma lesão do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e precisei passar por duas cirurgias em menos de um ano. Mas isso não me fez querer abandonar o vôlei. Foi uma época difícil e de muita incerteza. Lembro de pensar em outras possibilidades, mas segui firme na recuperação até conseguir ficar apta a entrar em quadra novamente”.
 
E é com essa determinação que Pietra vem aproveitando as chances no Fluminense, sendo uma espécie de coringa do elenco. Ela soma 41 pontos em 35 sets jogados. “Meu papel no time é ajudar de todas as maneiras. Quando saio jogando, quando saio no banco, de qualquer maneira dou meu melhor e fico feliz sempre que a oportunidade aparece. Melhor ainda quando saímos com a vitória”, concluiu Pietra.
 
O Fluminense voltará à quadra no próximo sábado, dia 28, quando receberá o Brasília. O jogo será no ginásio da Hebraica (RJ), a partir das 18 horas. A equipe carioca ocupa a quinta posição na classificação, com oito vitórias em 13 partidas. 

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