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Autor Júnior Barbosa Data 15/02/2021 14:27

Relembre a trajetória de Hylmer Dias no comando do Fluminense

Capa da notícia - Relembre a trajetória de Hylmer Dias no comando do Fluminense

Foto: Mailson Santana/FFC


Conforme antecipado pelo Melhor do Vôlei, Hylmer Dias deixou o comando da equipe adulta do Fluminense. O treinador, no entanto, segue os trabalhos nas categorias de base do Tricolor, como vem fazendo desde 2001, além comandar a seleção feminina Sub-18.

Depois de décadas, Fluminense retornou à elite em 2016 ao vencer a Taça Ouro sob supervisão e comando de Hylmer. Torcedor fanático tricolor, o treinador que já está no clube há mais de 20 anos comandando a base, montou um projeto para a equipe adulta e deu início a uma nova história para o clube. No mesmo ano que venceu a Taça Ouro o time superou o favoritismo do Rexona/Ades (hoje Sesc RJ Flamengo) e conquistou o Estadual. Por quatro anos seguidos, o projeto esteve entre as oito melhores equipes da primeira divisão.

Com a equipe juvenil, foi campeão Carioca 13 vezes, 2 a mais do que o time infanto. Em âmbito nacional, o Flu garantiu o pentacampeonato da Taça Paraná, além do bicampeonato da Copa Minas. Hylmer ainda comandou a Seleção Carioca entre 2008 e 2015, sendo campeão tetracampeão brasileira. Em 2019, foi bronze no Mundial Sub-18.

Por conta da pandemia, a última temporada foi encerrada antes do fim. Meses depois, as atividades esportivas retornaram e boa parte das equipes iniciou pré-temporada. Já o Fluminense montou a equipe quando já tinham poucas peças no mercado e voltou a treinar tardiamente. Em poucos dias, já estava na disputa do Estadual e entrou na Superliga com boa parte do elenco sem condições ideais de jogo, como os casos das atacantes Mari Steinbrecher, Dayse e Fernanda Tomé.

No final do ano, a oposto Bruna Moraes, até então a atacante mais eficiente, aceitou convite para vestir a camisa do Pink Spiders, da Coreia do Sul. Outra baixa importante foi o da central Fran Jacintho, que sofreu lesão e passou por uma cirurgia. Além desses fatores, diversos casos de Covid-19 também dificultaram o caminho das vitórias.

Para o restante da temporada, o assistente técnico Guilherme Schmitz assumirá o comando do Fluminense. Ele também é assistente na seleção Sub-20, que tem o comando do técnico Wagão.

Nota do Editor

Comandantes como o Hylmer Dias são de suma importância para a manutenção do voleibol brasileiro. Diferente de outros esportes, como o futebol, onde os dirigentes investem em times e lucram com a administração, o vôlei vai na contramão. São poucos os clubes exclusivos do esporte que conseguem ter uma renda lucrativa até o final da temporada. Todos precisam de apoiadores, patrocinadores, parceiros, permutas, entre outros, para conseguirem colocar um time em quadra e ter as dívidas quitadas no final da temporada. Hylmer foi uma das pessoas que correram atrás não só de um sonho, mas de um projeto que já dura cinco anos, tempo maior que a maioria dos times que já tivemos em edições de Superliga.

Outro exemplo de técnico que vai além da quadra é o, muitas vezes perseguido, Luizomar de Moura. Sem ele, talvez Osasco não tivesse um time tão competitivo ou nem tivesse mais time. Além de  Zé Roberto, Bernardinho, Rogério Portela, Alex Paiva (ex- São José dos Pinhais), entre outros treinadores que arregaçam as mangas e montam projetos do zero, correm atrás de patrocinadores, infraestrutura, são gestores e ainda comandam os treinos e os jogos.

Pessoas que além de profissionais são amantes de um esporte que já sem muita visibilidade televisiva, não deixam o alto nível morrer. Sem apoio das federações, deixam de viver vários momentos com a família para se dedicar ao esporte. Lutam diariamente contra as críticas e a cultura do cancelamento em prol de um único objetivo, não o financeiro. Dá pra contar nos dedos os treinadores que são ricos no mundo. Precisamos de menos críticos e mais apoiadores.

Desejamos que o novo técnico do Flu, Guilherme Schmitz, tenha sucesso em sua jornada e que o tricolor tenha vida longa nas quadras assim como no campo.

 

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