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Autor Júnior Barbosa Data 10/10/2020 11:44

São Paulo/Barueri espera surpreender Osasco

Capa da notícia - São Paulo/Barueri espera surpreender Osasco

Foto: Giulia Sperandio


Qual será o São Paulo /Barueri que enfrentará o Osasco São Cristóvão Saúde, na primeira das duas partidas do confronto que apontará um dos finalistas do Campeonato Paulista Feminino de Vôlei? Será a equipe sem confiança que iniciou as partidas contra o Sesi Vôlei Bauru e o próprio Osasco? Ou o time vibrante e agressivo que reagiu no primeiro set da partida anterior e venceu a terceira parcial, impondo-se sobre um dos elencos mais caros do país? A resposta será dada a partir das 19h, no ginásio José Corrêa, em Barueri.

Lorrayna, a canhota que entrou a partir do segundo set da partida da última terça-feira, também não sabe. Mas a autora de 19 pontos naquela partida, dona de um estilo que lembra muito o das cubanas que adoravam atropelar o Brasil na década de 90 e início da seguinte, faz lá as suas conjecturas. “Se fizermos o que deve ser feito taticamente e formos mais agressivas, diminuirmos os erros e confiarmos na nossa capacidade, vai ser muito difícil de nos parar”.

O treinador José Roberto Guimarães tem passado seus recados. Irritado com certas falhas, reuniu a equipe no vestiário logo após o jogo. O resultado dessas orientações talvez venha a ser observado neste sábado – o SporTV vai transmitir.

Egressa do Pinheiros, Lorrayna acha que deu um bom passo na carreira ao se juntar ao time que detém o título do Paulista do ano passado. “Estou muito feliz por ter a oportunidade de trabalhar com o Zé. Nosso time é muito novo e ainda estamos em fase de aprendizado, de buscar progressos. Com ele, tenho certeza de que vamos evoluir cada vez mais”.

Embora de fato lembre a potência das atacantes caribenhas, Lorrayna se inspira mesmo é em Sheilla. Em setembro, a consagrada oposta se juntou ao elenco do Tricolor, no CT Sportville, com o objetivo de se manter em forma visando à Liga Americana, que tem início previsto para fevereiro. “Ela me ajudou bastante nos treinos, me passando algumas dicas”.

Neste sábado, será chegado o momento de reunir toda a experiência acumulada nessa curta carreira. Lorrayna acha que pode contribuir ainda mais para o time. “Foi muito gratificante ajudar meu time no jogo anterior. Mas poderia ter feito mais, tanto no saque como no bloqueio. A gente sempre tem algo a melhorar”.

Natural de Taubaté, Lorrayna tinha aspirações de ser ginasta nos tempos de garota, mas seu biotipo não era muito compatível com o esporte de Daiane dos Santos e Flávia Saraiva. “Era muito alta. Fiz minha primeira aula, mas foi bem complicado. Quando estava indo embora, o André, técnico do time de vôlei, nos parou e perguntou à minha mãe se não gostaríamos de tentar esse outro esporte. Pelo fato de eu ser alta, ele via futuro pra mim. Minha mãe já gostava da modalidade e fui encaminhada para a escolinha. No mesmo dia comecei a participar e amei”.

Quando tinha seus 16 anos, Lorrayna chamou a atenção do próprio Luizomar de Moura, que comanda Osasco. Naquela época, ele já dirigia o time da cidade vizinha a Barueri, e detinha também o cargo de treinador da Seleção Brasileira Juvenil. A taubateana conquistou o título do Sul-Americano e fez parte da equipe que obteve a quinta colocação no Mundial da categoria, no Peru.

É sempre gratificante contemplar um talento jovem como o de Lorrayna despontar, mas José Roberto Guimarães, preocupado com o rendimento da equipe como um todo, espera ver a responsabilidade pela definição dos ataques ser mais bem dividida na fase semifinal.

“Não podemos sobrecarregar nenhuma jogadora. Se distribuirmos os contra-ataques por todas as nossas opções, dificultaremos a marcação adversária. Quando concentramos, tornamos mais simples a tarefa de Osasco”.

Jogar bem taticamente, segundo Zé, é um conceito que ainda está por ser assimilado pelo jovem time de Barueri. “No terceiro set nós já vimos um jogo melhor. Essa oscilação é algo próprio de jogadoras jovens, que nunca tiveram a oportunidade de disputar partidas desse nível. Temos jogadoras talentosas – estou convicto de que elas podem render mais”.

Fazendo uma comparação entre o Sesi Vôlei Bauru, que terminou invicto a fase de classificação, e Osasco, que sofreu uma derrota, Zé Roberto não chega a diferenciá-los em termos de nível de dificuldade. “Vejo o time de Bauru com uma bola alta com eficiência muito grande, com a Tifanny e com a Polina (a oposto azeri Polina Rahimova). Já Osasco é um time que tem potencial para render ainda mais. Algumas grandes opções, como a Jaqueline e a Bia, não foram usadas contra nós. De qualquer forma, são duas equipes que estão num nível acima, sem dúvida”.

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