Embaixador da FIVB, Giba critica entidade por liberar atletas trans no vôlei

^{Giba ao lado do filho do presidente. (
Foto: Reprodução)}

Um dos atletas brasileiros mais premiados da história, o ex-jogador Giba vem cada vez mais aparecendo na mídia por problemas judiciais e posicionamentos ligados à extrema direita. Depois de posar ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele encontrou em um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o espaço para atacar uma das diretrizes da Federação Internacional de Vôlei (FIVB): a permissão de atletas trans no esporte.

Giba concedeu entrevista ao deputado com uma série de declarações transfóbicas sobre Tifanny Abreu, ex-atacante do Sesi Vôlei Bauru. Ele, porém, é um dos embaixadores da entidade, função que garante uma de suas fontes de renda, além de estar na Comissão dos Atletas. Em poucos trechos destacados pelo portal UOL, a jogadora é citada com pronomes masculinos, mesmo legalmente reconhecida como mulher e tendo cumpridos as exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Vale ressaltar que Tifanny estreou no voleibol feminino por um time da Série A2 italiana. Desde que ela foi contratada pelo time de Bauru, na temporada 2017/2018, sofre com a transfobia dentro e fora de quadra. Ana Paula Henkel, ex-jogadora da seleção, é uma das que mais mobiliza seguidores do presidente contra atletas trans. Assim como Giba, acredita que é preciso criar uma liga exclusiva, mas a defesa não encontra apoio no meio científico e nem no esportivo.

Veja:

https://twitter.com/uol/status/1391800207906676737?s=24

Pelo mundo, federações das mais diversas categorias desenvolvem programas de inclusão e de diversidade no esporte. Nos Estados Unidos, onde Ana Paula mora, atletas trans são aceitos há anos desde as ligas escolares. O exemplo de Chloe Anderson virou documentário do Olympic Channel. Confira:

https://www.youtube.com/watch?v=znLUiqzNp98